Sector de seguros factura mais de 90 biliões de kwanzas

Foto: Pedro Parente

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O mercado angolano de seguros somou, no decurso dos últimos dois anos, um volume de prémios em torno de 90 biliões de kwanzas, cerca de 0,5 porcento do Produto Interno Bruto (PIB), disse hoje, em Luanda, o economista Fiel Constantino.

Para o especialista, o volume de prémio representa a evolução deste sector, sendo o aumento da regulação o principal indicador da atenção que o Executivo dedica ao ramo.

Segundo o economista, a importância do sector de seguros é cada vez mais notória, como todas as instituições financeiras e afins. Porém, acrescenta que “a regulação é uma grande exigência, pelo facto de manusearem recursos inerentes a riscos.

Em declarações à Angop, acerca da “Actividade Seguradora na Economia”, o economista referiu que a melhoria da regulação e a fiscalização do cumprimento dos seguros obrigatórios levarão a um crescimento rápido do sector.

“Por outro lado, é necessário cuidar da protecção das seguradoras locais para com os grandes negócios de multinacionais estrangeiras. As seguradoras locais podem naturalmente cooperar com as suas congéneres estrangeiras no âmbito do resseguro, mas não devem perder o negócio para agentes não-residentes”, acrescentou.

 Neste sentido, Fiel Constantino exorta o sentido de obrigatoriedade dos agentes seguradores, no quadro da manutenção da confiança que lhes é depositada pelos beneficiários dos serviços.

“A gestão deve sempre garantir protecção no decurso das ocorrências de sinistros. Daí que a regulação seja indispensável à moralização do sector. Devemos ter em conta que o risco é inerente a quase todos os investimentos que se faça. Acontece com a indústria, com a agricultura, no comércio, na saúde, enfim, tudo que tem um custo de implementação deve ter um custo de prevenção. E aí é que surge o seguro”, referiu.

Quanto à qualidade da prestação de serviços, Fiel Constantino disse que as ineficiências de algumas operadoras de seguro levam a que a população rejeite, em certa medida, esses serviços. Neste sentido, o economista apela a intervenção da entidade reguladora.

“As entidades reguladoras de seguro e defensoras de direitos do consumidor devem intervir para que se não desincentive um ramo de actividade que até é muito útil em qualquer economia”, acrescentou.

Por último, o economista reconhece a consciencialização da população quanto a importância do seguro, e afirma que custos e preços de seguros se ajustem ao poder de aquisição dos cidadãos.

“Noto que a população está mais educada neste sentido, mas isso não basta. É necessário que os custos e preços do seguro se ajustem ao poder de aquisição dos cidadãos. Por outro lado, os serviços prestados devem ser mais atractivo do que obrigatórios”, concluiu.

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