Serviço de cardiologia passará por concurso internacional
19 Março de 2018 | 08h43 – Actualizado em 19 Março de 2018 | 08h41
O Ministério da Saúde angolano está a preparar o lançamento de um concurso internacional para a selecção de prestadores e colaboradores dos serviços cardiológicos no país, anunciou hoje à Angop, em Luanda, fonte da instituição.
O programado concurso terá como foco os serviços de cirurgia pediátrica, segmento em que há a necessidade urgente de concentração do esforço assistencial nesse domínio em Angola, disse a fonte.
Ao comentar informações postas a circular nas redes sociais, sobre um eventual encerramento dos serviços de cirurgia cardíaca do Hospital Josina Machel, supostamente devido a uma dívida de milhões de dólares à empresa contratada para o efeito , a fonte da Angop disse tratar-se de “mais uma notícia descabida”.
De acordo com o divulgado nas redes sociais, o Hospital Josina Machel encerrará os serviços cardiológicos no final deste mês, devido a uma dívida do Ministério da Saúde para com a empresa Intercontinental Trading Company Lda (ITC), que, além de ter suspenso alguns serviços, não paga salários aos trabalhadores, há mais de seis meses.
Contrariando essa informação, a fonte da Angop esclarece que o Ministério da Saúde pretende “prestar serviços com contratos que não prejudiquem o sector e sirvam a grande maioria dos angolanos necessitados”.
Numa clara desconstrução do que considera de “campanha de desacreditação” da actual gestão do Ministério da Saúde, a mesma fonte sublinha que o Estado gasta elevadas somas de dólares com a empresa ITC, sem dela receber uma justa contrapartida assistencial.
O Ministério da Saúde, acrescentou a fonte, nada tem a ver com o atraso dos salários da empresa ITC, que, sendo privada, deve assumir a responsabilidade pelo pagamento dos trabalhadores.
Uma vez que termina em breve, os ministérios da Saúde e da Economia estão já em negociações para a adequação do contrato com a ITC às novas exigências da gestão hospitalar, concluiu a fonte.
Recentemente, o Ministério da Saúde denunciou, igualmente, outra campanha de desacreditação do seu trabalho, supostamente alimentada por entidades privadas contratadas, desta feita relacionada com a prestação de serviços de hemodiálise.