Venda de diamantes brutos regista ligeiro aumento

DIAMANTINO PEDRO AZEVEDO, MINISTRO DOS RECURSOS MINERAIS E PETRÓLEO FOTO: CORTESIA DE MIQUEIAS MAXANGONGO

DIAMANTINO PEDRO AZEVEDO, MINISTRO DOS RECURSOS MINERAIS E PETRÓLEO
FOTO: CORTESIA DE MIQUEIAS MAXANGONGO

16 Março de 2018 | 16h50 – Actualizado em 16 Março de 2018 | 16h50

A indústria diamantífera angolana arrecadou em 2017 receitas no valor de mil milhões de dólares norte-americanos, um aumento inferior a 0,5 por cento face a 2016, resultante da exploração e venda de diamantes brutos.

A produção diamantífera industrial no país está avaliada em nove milhões de quilates/ano, mas poderá aumentar para 13,8 milhões de quilates/ano, ainda neste período que vai até 2022, com base na estratégia do Governo de diversificação da produção mineira.

Segundo o ministro dos Recursos Minerais e Petróleos, Diamantino Azevedo, que falava hoje (sexta-feira), por ocasião do fórum de auscultação sobre “ A revitalização da política de comercialização de diamantes brutos”, pretende-se dinamizar o sector, para maximizar os lucros nos próximos tempos.

Para o efeito, disse existir a pretensão do Ministério em acautelar os interesses dos investidores do sector diamantífero, tendo em conta o contexto económico e financeiro que o país vive.

De acordo com o Diamantino Azevedo, há a necessidade de se propor novos paradigmas e soluções que concorram para a melhoria do sector mineiro, de modo a impulsionar lucros e consequentemente dar uma nova dinâmica para desenvolver a economia nacional a todos os níveis.

Depois do petróleo cujas receitas caíram para menos de metade em 2015, devido à crise do preço do barril de crude, os diamantes são o segundo produto de exportação de Angola.

O volume de vendas de diamantes em 2017 representa um aumento neste caso inferior a 0,5%, face a vendas do ano anterior.

Em 2016, de acordo com dados divulgados pelo Ministério das Finanças, cada diamante angolano foi vendido, em média, a 121,1 dólares por quilate, valor que em 2017 diminuiu para 117,23 dólares.

Globalmente, as receitas fiscais geradas com a venda destes diamantes, o segundo maior produto de exportação de Angola, subiram 5% entre 2016 e 2017, para 14,7 mil milhões de kwanzas (55,6 milhões de euros), entre Imposto Industrial e ‘royalties’ pagos pelas empresas mineiras.

O Presidente da República, João Lourenço, exortou em Novembro último o novo conselho de administração da Empresa de Comercialização de Diamantes (Sodiam) a trabalhar para reforçar as receitas do Estado oriundas da venda de diamantes.

O fórum de auscultação sobre “ A revitalização da política de comercialização de diamantes brutos”, que contou com a participação de membros do Governo e empresários do ramo mineiro, teve por objectivo garantir maior transparência do processo de compra e venda de diamantes brutos em Angola.

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