Vice-presidente quer modernização dos museus
O vice-presidente da República, Bornito de Sousa, encorajou, nesta quinta-feira, em Luanda, a modernização dos museus, a exposição e o desenvolvimento de acções nas áreas de investigação científica e de pesquisa, através do intercâmbio internacional e de parcerias nacionais e estrangeiras.
Bornito de Sousa, que visitou os museus nacionais de Antropologia e de História Natural, na qualidade de Presidente da Comissão Nacional do Património Mundial, encorajou ainda o prosseguimento de acções para a valorização, conservação e preservação do património, em particular o acervo exposto nos museus, que deve servir para o aumento do conhecimento e reforço da identidade nacional, em particular, no seio das jovens gerações.
Acompanhado pela ministra da Cultura, Carolina Cerqueira, e pelo vice-governador para a Área Social de Luanda, Dionísio Fonseca, no Museu Nacional de Antropologia, o vice-presidente da República tomou contacto com a exposição temporária, salas de caça, do poder tradicional e com o depósito da coleçção etnográfica e da biblioteca.
Ainda na mesma instituição, teve a oportunidade de visitar a exposição de artes plásticas dedicada à preservação dos valores culturais no desenvolvimento do país.
Já no Museu Nacional de História Natural, Bornito de Sousa tomou contacto com as exposições patentes na sala dos mamíferos, dos peixes e das aves, bem como da colecção de minerais.
A visita guiada por um quadro do museu passou também pela biblioteca, laboratório para taxidermia dos animais e o gabinete de investigação científica, bem como na sala internacional de exposição.
Por seu turno, a ministra da Cultura agradeceu a advocacia a favor da rede museológica nacional, que enfrenta carências de quadros humanos especializados, condições técnicas, de restauro e diversificação das peças em exposição, tendo na ocasião solicitado que visitas do género se estendam a outros monumentos e sítios incluídos na lista do património cultural nacional.
Museu Nacional de Antropologia
Localizado no bairro dos Coqueiros, na cidade de Luanda, e fundado aos 13 de Novembro de1976, o Museu Nacional de Antropologia foi a primeira instituição museológica criada após a proclamação da Independência Nacional, a 11 de Novembro 1975.
O museu recebe em média mil 400 visitantes por mês e tem cinco salas de exposições que reflectem a realidade das comunidades, com temáticas como a caça, a pesca, vida doméstica, cerâmica, pastorícia, os símbolos do poder político tradicional, as crenças religiosas e instrumentos musicais.
Museu Nacional de História Natural
O Museu Nacional de História Natural, criado em 1938 como Museu de Angola e instalado na Fortaleza de São Miguel de Luanda, contava inicialmente com secções de etnografia, história, zoologia, botânica, geologia, economia e arte. Anexos ao museu, foram criados uma biblioteca e o arquivo histórico colonial.
Com a proclamação da Independência Nacional, o museu sofreu algumas mudanças, a começar pelo nome, passando a chamar-se Museu Nacional de História Natural, desde Maio de 1976. Os espaços estão apetrechados e decorados de forma a tentar reproduzir o habitat das espécies expostas.