Vice-Presidente recebeu chefias militares da CPLP

Fotografia: João Gomes

Fotografia: João Gomes

As chefias militares dos Estados da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP) estão desde ontem reunidos, em Luanda, para analisar a segurança e os progressos na aplicação das tarefas e missões programadas.

Na abertura, o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Angolanas, general de Exército Sachipengo Nunda, realçou a importância da reunião na abordagem de questões que reflectem a realidade da comunidade, “assente num espaço geográfico abrangente e diversidade cultural, na qual as Forças Armadas são um segmento importante pela importância das questões de segurança e defesa” nos tempos actuais.
“Viemos fazer essa abordagem e obtermos a informação de todos os Estados-membros da CPLP, bem como a opinião de cada país sobre a situação na comunidade, nos continentes em que se encontram e no mundo”, referiu o general Sachipengo Nunda, que salientou o importante papel que Angola atribui à CPLP.
Na 17.ª reunião dos Chefes de Estado-Maior, que fica marcada pelo regresso da Guiné Bissau e a adesão da Guiné Equatorial, o general Sachipengo Nunda falou dos progressos alcançados por Angola durante os 13 anos de paz. “Sentimo-nos orgulhosos pelo percurso feito nestes 13 anos de reconstrução e desenvolvimento do país”, disse, para acrescentar: “Os passos dados mostram-nos que trilhamos o caminho certo, apesar dos desafios que a paz nos reserva e os esforços empreendidos para a manter”.
Geraldo Sachipengo Nunda saudou a delegação da Guiné Equatorial e disse esperar dela uma participação activa, com apoio dos demais membros da organização, no sentido de facilitar a inserção nos trabalhos da organização.
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas Angolanas espera contribuições activas da delegação militar da Guiné Bissau, tal como no passado. “Endereço em nome de todos os delegados uma saudação especial à delegação irmã da Guiné-Bissau e formulo votos de que as suas Forças Armadas tenham, na pessoa do seu chefe do Estado-Maior, a mão firme que vai conduzir as reformas preconizadas para o sector militar.”

Estabilidade na Guiné-Bissau

O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas da Guiné-Bissau, Biaguê Na N’Tan, afirmou que a situação político-militar do seu país continua estável e deu nota positiva ao Governo ao afirmar que funciona bem. “A situação na Guiné-Bissau é calma. Não há nada que indicie instabilidade e o Governo funciona bem”, sublinhou Biaguê Na N’Tan, que agradeceu ao chefe de Estado-Maior das Forças Armadas Angolanas o convite para a reunião, que propiciou o reencontro com colegas de outros países da comunidade.
O mesmo sentimento de estabilidade foi manifestado pelo vice-chefe de Estado-Maior das Forças Armadas de Defesa de Moçambique. Olímpio Cardoso Cambona considerou a situação militar moçambicana calma, depois do encontro entre o Presidente da República, Filipe Nyusi e o líder da Renamo, Afonso Dhlakama, no dia 5 de Abril.
“O Estado aguarda que sejam entregues as listas dos homens residuais da Renamo que ficaram na mata, para  serem reintegrados nas Forças Armadas, Polícia e Guarda Fronteira”, disse, acrescentando que parte considerável deve ser desmobilizada em virtude da idade avançada.
A reunião de Luanda, disse, é útil para as Forças Armadas da CPLP. “Já é habitual reunirmo-nos para concertamos os nossos passos e promovermos a interajuda. Para nós, e como observador militar em Moçambique, a nossa participação constitui uma grande vantagem”, disse.
O chefe do Estado-Maior das Forças Armadas do Brasil, José Carlos de Nardi, destacou a importância da reunião, tendo manifestado a sua satisfação pelo regresso da Guiné-Bissau e pelo ingresso da Guiné Equatorial.

Recepção do Vice-Presidente

O Vice-Presidente da República, Manuel Vicente, recebeu, ontem, as chefias militares dos Estados membros da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP), que, além de analisarem a segurança comunitária e mundial, debatem os desafios a enfrentar nos tempos actuais e as estratégias para estabilidade. Os chefes militares da CPLP apresentaram cumprimentos a Manuel Vicente, que representou o Presidente da República, Comandante-em-Chefe das Forças Armadas Angolanas.

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